José Martiniano de Alencar

O Pai do Romance Brasileiro

José Martiniano de Alencar nasceu em 1º de março de 1829 na cidade de Mecejana, no Ceará. Era filho de um senador do império.
Em 1846 matriculou-se na Faculdade de Direito de São Paulo, fundou com colegas de escola a revista Ensaios literário. Transferiu-se para a Faculdade de Direito de Olinda, onde cursou o terceiro ano.
Voltou a São Paulo em 1849 para cursar o quarto ano de direito, formando-se em 1850.
Em 1855 passou a colaborar como folhetinista no Diário do Rio de Janeiro. Com o pseudônimo de Ig faz crítica do poema A Confederação dos Tamoios, de Gonçalves de Magalhães.
Publicou seu primeiro romance em 1856: Cinco Minutos, em 1857 publicou o romance O Guarani (publicado anteriormente em folhetim), seu primeiro grande sucesso literário.
Elegeu-se deputado pelo Partido Conservador em 1861 chegando a Ministro da Justiça, cargo que ocupou por 2 anos, concorreu ao cargo de Senador, mas foi substituído por D. Pedro ll.
Iniciou a publicação das Cartas de Erasmo em 1865, dirigidas ao imperador. Primeira edição do romance Iracema. Em 1875 publicou a primeira edição de Senhora.
Faleceu em 12 de dezembro de 1877 no Rio de Janeiro e tuberculose aos 48 anos.

 


Subdivisão de sua obra


Romances urbanos ou citadinos:

CINCO MINUTOS

ENCARNAÇÃO

SONHOS D’OURO

  • Retrata a sociedade carioca de sua época, o Rio de Janeiro do ll Reinado;
  • Analisa uma sociedade marcada pela hipocrisia e pelo interesse econômico;
  • Obra moralista em que o amor sempre vence;


Em vários romances, Alencar coloca a mulher em papel de destaque, são os chamados PERFIS FEMININOS:
SENHORA
LUCÍOLA
DIVA
A VIUVINHA

  • As mulheres aparecem como elementos fundamentais da narrativa;
  • São mulheres frágeis fisicamente, mas fortes moralmente.

 

Romances históricos:

AS MINAS DE PRATA
A GUERRA DOS MASCATES

  • São as obras que discutem fatos importantes da vida brasileira;
  • O pano de fundo é um fato histórico, porém os personagens são fictícios;
  • Além deles, os romances indianistas podem ser considerados históricos.

 

Romances regionalistas ou sertanistas:

O SERTANEJO

O GAÚCHO

  • Essas obras discutem a relação entre o homem e o meio físico;
  • Regionalismo idealizado. Permanece o mito do “Bom selvagem” de Rousseau.
     

Romances rurais:

TIL
O TRONCO DO IPÊ

 

  • Voltam para determinada região, porém é um regionalismo mais verossímil;
  • Til retrata as fazendas de café do interior de São Paulo
  • O Tronco do Ipê a fazenda Nossa Senhora do Boqueirão, no norte do RJ.
     

 

Romances indianistas:

Alencar faz a seguinte periodização da sua obra:

PERÍODO PRÉ-HISTÓRICO: o índio no seu estágio primitivo, antes do processo colonizatório.
Ex: Ubirajara

PERÍODO HISTÓRICO: os primeiros contatos entre os índios e os brancos na formação do Brasil.
Ex: Iracema 
PERÍODO PROTO-HISTÓRICO: o consórcio do branco com o índio para conquistar o novo mundo.
Ex: O Guarani